terça-feira, 14 de outubro de 2014

PRINCIPAIS TEORIAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO

Construtivismo:

Paralelamente à inovação tecnológica, grandes pensadores e educadores perceberam que a escola tradicional também necessitava de inovação já que essa se baseava exclusivamente na transmissão do conhecimento pelo professor ao aluno, que o recebia passivamente.
Surgiu então uma nova corrente teórica denominada Construtivismo – onde o desenvolvimento da inteligência é determinado por ações mútuas entre o indivíduo e o meio de modo dinâmico, lúdico, crítico e individualizado. Jean Piaget, Lev Vygotsky, Howard Gardner, Paulo Freire, Emília Ferreiro, entre outros, são importantes idealizadores dessa corrente.
O professor deixa de ser um transmissor para se tornar um mediador do conhecimento que estimula a procura, a descoberta, a assimilação e a acomodação do conhecimento. Este utilizasse de esquemas mentais preexistentes do aluno em relação ao mundo exterior.
A educação deve respeitar as fases de desenvolvimento da criança que ocorre em velocidades e faixas etárias diferentes. O educando é visto de modo único pelo educador que na construção do conhecimento desenvolve suas potencialidades através de um ensino aprendizagem mais significativo.

Teorias de Aprendizagem Cooperativa:

“Cooperar é atuar junto, de forma coordenada, no trabalho ou nas relações sociais para atingir metas comuns. As pessoas cooperam pelo prazer de repartir atividades ou para obter benefícios mútuos” (ARGYLE, Michael apud CAMPOS, SANTORO, et al., 2003, p. 25).

A aprendizagem cooperativa é uma proposta pedagógica onde estudantes ajudam-se no processo de ensino-aprendizado, atuando como parceiros entre si e o educador, com o objetivo de aprender. (Ibidem, p.26)
As teorias de aprendizagem buscam reconhecer a dinâmica envolvida nas ações de ensinar e aprender iniciando pelo reconhecimento da evolução cognitiva do indivíduo e explicam a relação entre o conhecimento preexistente e o novo conhecimento e envolve identificação pessoal e interação com outros indivíduos. (CAMPOS, SANTORO, et al., 2003, p. 66).

A Tabela abaixo demonstra algumas teorias de aprendizagem colaborativa.

Teorias de aprendizagem
Resumo das características
Relação com cooperação
Epistemologia genética de Piaget
Ponto central: estrutura cognitiva do sujeito;
Níveis diferentes de desenvolvimento cognitivo;
Desenvolvimento facilitado pela oferta de atividades e situações desafiadoras
A interação social e a troca entre indivíduos funcionam como estímulo ao processo de aquisição de conhecimento
Teoria construtivista de Bruner
O aprendiz é participante ativo no processo de aquisição de conhecimento;
Instrução relacionada a contextos e experiências pessoais; Determinação de sequências efetivas de apresentação de material didático.
Teoria contemporânea: criar comunidades de aprendizagem mais próximas da prática colaborativa do mundo real
Teoria sociocultural de Vygotsky
O desenvolvimento cognitivo é limitado a um determinado potencial para cada intervalo de idade (zona de desenvolvimento proximal)
O desenvolvimento cognitivo completo requer interação social
Aprendizagem baseada em problemas
A aprendizagem inicia-se com um problema a ser resolvido (âncora ou foco);
É centrada no aprendiz e contextualizada.
Os problemas provêm contextos sociais e culturais em que se desenvolvem soluções em cooperação
Cognição distribuída
Interação entre indivíduo, ambiente e artefatos culturais.
Ensinamento recíproco.
Importante papel da tecnologia
O conhecimento é compartilhado e distribuído, sendo necessária a interação.
Cognição situada
A aprendizagem ocorre em função da atividade, da cultura e do contexto e ambiente social em que está inserida.
Interação e colaboração são componentes críticos para a
Aprendizagem
(comunidade de prática)

Percebe-se pela análise da Tabela que a aprendizagem colaborativa se baseia na
interação social e, portanto, na comunicação entre o indivíduo e o meio.

Piaget e a Epistemologia Genética:

Piaget estudou a epistemologia genética, ou teoria do desenvolvimento natural da criança.
Como biólogo Piaget categorizou o desenvolvimento do pensamento em quatro estágios desde o nascimento até a adolescência do indivíduo, quando a capacidade total de raciocínio é adquirida. Segundo o autor a transmissão de conhecimentos do professor para a criança é limitada, pois depende da fase em que a criança se encontra, de seus conteúdos adquiridos e de seu interesse. Para o autor, o conhecimento é construído através de descobertas mediante dois mecanismos: assimilação e acomodação.

Vygotsky e a teoria sociocultural:

Segundo (REGO, 1995), Vygotsky atribui uma grande importância ao papel da interação social no desenvolvimento do ser humano. Para ele a maturação biológica vem em segundo plano no desenvolvimento da complexidade do comportamento humano, já que essas dependem da interação do sujeito com o meio social.
O desenvolvimento está relacionado ao contexto sócio-cultural em que o sujeito insere-se de forma dinâmica. Explicando o processo de desenvolvimento psicológico Vygotsky afirma:

“Podem-se distinguir, dentro de um processo geral de desenvolvimento,
duas linhas qualitativamente diferentes de desenvolvimento, diferindo
quanto a sua origem: de um lado, os processos elementares, que são de
origem biológica; de outro, as funções psicológicas superiores, de origem
sócio-cultural. A história do comportamento da criança nasce do
entrelaçamento dessas duas linhas.” (VYGOTSKY,1988,p.52). 

Para Rego (1995), na perspectiva Vygotskiana, o desenvolvimento das funções intelectuais é mediado de modo social pelos signos para solucionar um dado problema (lembrar, comparar coisas, relatar, escolher, etc.).“O signo age como um instrumento da atividade psicológica de maneira análoga ao papel de um instrumento no trabalho.”(VYGOTSKY,1988, p.52).
Ao internalizar as experiências vividas, o individuo aprende a organizar os próprios processos mentais. A linguagem, expressa tanto o pensamento da criança, como também age organizando esse pensamento.
Vygotsky não ignora as definições biológicas, porem atribui uma enorme importância à dimensão social. Ele afirma: “o aprendizado pressupõem uma natureza social especifica e um processo através do qual a criança penetra na vida intelectual daqueles que a acercam.” (VYGOTSKY, 1984,p.99)

Paulo Freire e a pedagogia da autonomia:

Para Freire (1996, p.47) ensinar não significa apenas transferir conhecimento, mas possibilitar sua produção e construção. O educador aprende ao ensinar e o aluno, por sua vez, ensina ao aprender. Para ele, não há docência sem discência. O professor não pode se acomodar, mas deve estar aberto para aprender coisas novas constantemente.
O autor destaca também a importância de se refazer ou recriar o que foi aprendido. Isso acontece em processo de comparações, repetições, satisfação da curiosidade, e ir além dos condicionantes.
Freire destaca que o aprendizado deve ser crítico e não pode ser feito superficialmente.
Para isso os educadores devem ser instigadores e demonstrar curiosidade pelo novo e aceitar
as mudanças. Os riscos devem ser aceitos e mitigados.
Educar para Paulo Freire é uma especificidade humana e uma forma de intervenção no mundo e que nada justifica a minimização dos seres humanos, nem mesmo a tecnologia ou a ciência. Porém ainda segundo o autor a tecnologia não deve ser completamente rejeitada. (FREIRE, 1996, Passim)

Nota-se na Tabela que as características essenciais à pedagogia da autonomia apresentada por Freire (1996) podem ser promovidas com o auxílio de ferramentas tecnológicas.

Necessidades Pedagógicas
Tecnologias
Características tecnológicas
Rigorosidade metódica
Tecnologias da informação bem desenvolvidas;
Pensamento sistêmico. Seu desenvolvimento depende de análise, algoritmos e fluxos bem definidos e estruturados;
Pesquisa
Internet e sites de busca;
Enciclopédias digitais;
Mídias eletrônicas;
Favorecem pesquisa rápida, com conteúdos relacionados e comentados em um acervo mundial e dinâmico que se renova constantemente;
Respeito aos saberes dos educandos
Blog; Micro blog;
Fórum de discussão;
Lista de discussão;
Correio eletrônico
Permitem a criação intelectual e compartilhamento rápido e abrangente de informações e opiniões;
Criticidade
Ferramentas que permitem comentários online
Capacidade de comentar e expor a opinião pessoal e coletiva;
Estética
Interfaces digitais
Apresentam o conteúdo de forma dinâmica, seletiva, e atraente aos olhos. No caso de interfaces touchscreen, têm-se a impressão de tocar a informação com os dedos;
Corporificação das palavras pelo exemplo
Podcasting;
Webcasting;
Explicação pelo exemplo. A gravação de áudio ou vídeo exemplifica o conteúdo de modo mais próximo do que um texto impresso;
Aceitação do novo
Novas mídias digitais e suas interfaces
Necessidade constante de aprendizado a novas formas de utilização das tecnologias e interfaces;
Assunção da identidade cultural
Redes sociais; Ferramentas de criação de arte digital
Objetivo de criar e manter redes sociais estimulando a comunicação e interação; Criação livre de conteúdos em formato de texto, áudio, vídeo de livre acesso.

TICs- Charge

FORMAÇÃO DO PROFESSOR E NOVAS TECNOLOGIAS: AS CONTRIBUIÇÕES DA INCLUSÃO DIGITAL NA EDUCAÇÃO

A inclusão das mídias e novas tecnologias na educação têm promovido reflexões entre os profissionais da educação.
Desde que começou a ser inserida no processo de ensino e aprendizagem, houve a preocupação de que o professor seria substituído pela máquina. Santos e Alves (2008) chamam de “saber prévio” um possível obstáculo para a aceitação da tecnologia.
Diante dessa nova realidade educacional, é imprescindível rever antigos conceitos, pois os alunos de hoje já tem contato com tecnologia, celulares, computador, televisores de última geração, aplicativos de jogos, jogos educativos desde a etapa da educação infantil.
Frente a essa nova realidade, o professor precisa aprimorar a sua prática pedagógica, os avanços tecnológicos contribuem para tornar a aula mais atrativa e dinâmica, com isso, despertando o interesse do aluno e enriquecendo suas aulas.

Reconhecer a função e o impacto social das diferentes tecnologias da comunicação e informação.

Entender os princípios, a natureza, a função e o impacto das tecnologias da comunicação e da informação na sua vida pessoal e social, no desenvolvimento do conhecimento, associando-o aos conhecimentos científicos, às linguagens que lhes dão suporte, às demais tecnologias, aos processos de produção e aos problemas que se propõem solucionar.

CHARGE: TICs

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Pontos Positivos e Negativos em relação ao uso da Tecnologia no Processo de Ensino-Aprendizado


O uso da tecnologia na educação pode trazer pontos positivos e negativos. Os resultados dependem da forma de utilização das ferramentas tecnológicas. Abaixo se pode ver uma relação desses pontos e suas implicações. 

Pontos Positivos:

Velocidade e abrangência

A busca pela informação em mídias eletrônicas é rápida visto que é feita a partir de algoritmos complexos de análise de dados que exibem os resultados em formato de ranking, onde a informação mais relevante tende a aparecer em primeiro lugar. Os resultados de pesquisas normalmente são associados a comentários de usuários que já realizaram a mesma pesquisa no passado e avaliaram os resultados quanto à veracidade, coerência e qualidade.

Inovação

A tecnologia acelera a inovação visto que facilita a comunicação dos pares com os mesmo objetivos e a divulgação dos resultados em âmbito global. Muitas ideias surgiram do brainstorm (Técnica desenvolvida para explorar o potencial criativo de um indivíduo ou grupo.) em mídias sociais, principalmente na comunidade open source (ou software livre é um padrão de desenvolvimento aberto e sem restrições de distribuição). 
As ideias inovadoras são geralmente patrocinadas por empresas ou investidores individuais e geram melhorias para a sociedade e oportunidades comerciais. No caso da educação a tecnologia também incentiva a inovação, pois oferece novas ferramentas de criação.

Interação

Softwares educativos permitem a interação do aluno com o conhecimento. O aluno pode navegar no conteúdo interagindo com o mesmo no sentido de escolher o quê, como, quando e em qual nível de detalhe quer estudar de acordo com seu nível de curiosidade sobre o assunto. Tecnologias como enciclopédias digitais, jogos educacionais, realidade aumentada e simulação bidimensional ou tridimensional podem facilitar essa interação virtual aproximando o aluno da realidade do problema apresentado e suas possíveis soluções.

Cooperação

A cooperação entre alunos de uma mesma sala de aula é influenciada por uma série de fatores como: o grupo de valores e interesses no qual o aluno se insere, sua personalidade, timidez ou extroversão, a disposição das carteiras na sala de aula, etc. Esses fatores podem se apresentar como barreiras para a cooperação geral entre os alunos. Essa barreira pode ser contornada ou diminuída, além do diálogo e da socialização tradicionais, pela interação digital promovida por meio de redes sociais, fóruns e listas de discussões. Alunos tímidos talvez se sintam mais a vontade para interagir com os colegas e para fazer perguntas ao educador.        
Conforme Shirky (2010) a colaboração por meio das mídias sociais é o melhor caminho para o progresso humano.

Autonomia

A tecnologia incentiva à autonomia. Visto que o uso do computador ou equipamento tecnológico é normalmente individual o usuário tende a ter um comportamento autônomo, executando tarefas sozinha e buscando auxílio na própria ferramenta tecnológica por meio de arquivos de ajuda, tutoriais e buscas na internet.

Lúdico

Os jogos educacionais, quando corretamente desenvolvidos, podem estimular um aprendizado divertido principalmente na educação infantil. Os jogos de computador ou videogames devem ser escolhidos coerentemente com a faixa etária da criança e com a fase de desenvolvimento na qual ela se encontra. Os jogos podem desenvolver o aprendizado de forma lúdica colocando em prática os efeitos benéficos descritos por Vygotsky.

Operação Multitarefa

Essa característica pode ser positiva, pois abre novas possibilidades para o cérebro humano.     
A operação multitarefa na solução de problemas pode aumentar a eficiência e a produtividade. (DAVIDSON, Cathy apud ÉPOCA,2011, n.702, p.79)

Pontos Negativos:

Identidade

O usuário pode assumir diferentes identidades na internet (PALFREY e GASSER, 2011).              
A criação de um perfil em uma rede social define suas características pessoais, seus atributos e interesses. O nome real pode ser substituído por um usuário e as informações podem ou não ser totalmente verdadeiras. O perfil por sua vez, pode representar não necessariamente um indivíduo, mas também um grupo (banda, partido, empresa ou organização), ou uma entidade com interesses específicos.
Muitos adolescentes criam perfis falsos, fazendo-se passar por outra pessoa – normalmente uma personalidade famosa da música ou do cinema ou uma entidade representando o nome de seu blog ou personagens alegóricos. Isso pode ser um problema nos estágios intermediários de desenvolvimento da criança, pois é nessa fase, a adolescência, que ela desenvolve sua identidade e personalidade como ser humano adulto.

Privacidade

Com a difusão em massa e em escala global a internet alterou o modo como encaramos a privacidade. A informação passa a ser disponível a qualquer pessoa conectada a rede e em qualquer parte do mundo. Essa informação pode ser distorcida e novamente encaminhada trazendo danos irreversíveis (PALFREY e GASSER, 2011).

Imediatismo

A informação de fácil acesso pode ocasionar uma característica negativa nos usuários: o imediatismo. É característica dos nativos digitais o imediatismo. Para o imediatista a informação deve estar disponível no momento em que será usada. Ao surgir uma dúvida basta pesquisar em um site de busca, ler o primeiro hiperlink, que deve ser obrigatoriamente o mais relevante. 
Esse é o vício que a busca rápida e de fácil acesso impõe ao internauta.

Superficialidade

Para Carr (2010) a internet está mudando para pior o funcionamento do cérebro humano.
Segundo o autor as pessoas estão ficando “rasas”, ou seja, pensando com superficialidade.
Para ele consulta-se a internet sem se preocupar com a memorização e o entendimento completo da área de conhecimento, mas apenas com o tópico de interesse imediato (CARR, Nicholas Apud ÉPOCA, 2011, n.702, p.79). Lanier (2010) afirma que a WEB 2.0 é prejudicial visto que apesar de incentivar a colaboração, esta é feita na maior parte das vezes de forma anônima em comentários sem preocupação com a escrita formal.

Isolamento

A dependência da tecnologia pode causar outro problema mais sério: o isolamento.
A criança ou adolescente pode passar tantas horas imerso no ciberespaço que acaba cortando os laços sociais com as pessoas que o cercam. Essa conduta é perigosa visto que enfraquece as habilidades interpessoais, empobrecendo o convívio da pessoa com seus pares na família, escola e trabalho. Pode ser um dos fatores coadjuvantes para o aparecimento de doenças psiquiátricas como a depressão e a ansiedade. A escola não pode ser totalmente substituída (principalmente na educação infantil) devido ao seu caráter socializante e a “pedagogicidade indiscutível da materialidade do espaço” (FREIRE, 1996, p.45). É na escola que a criança descobre a importância do trabalho em equipe e aprende a se relacionar com outras crianças.

Sobrecarga cognitiva

Lévy (2010) afirma que inteligência coletiva pode trazer sobrecarga cognitiva, ou seja, a alta disponibilidade de informações e formas de comunicação também pode gerar estresse. 
Segundo a revista Época, Rushkoff (2011) entende que devemos aprender como a tecnologia funciona para não sermos controlados por ela. Ainda conforme a mesma revista, Pariser (2011) defende que a leitura na internet pode ser condicionante visto que as pessoas têm a tendência de ler apenas as obras com as quais concordam. 
Assim segundo a autora devemos evitar ser tendenciosos em nossas pesquisas na internet.

Resultados da análise comparativa

A crescente inovação tecnológica apresenta novas interfaces e dispositivos, cada vez mais sofisticados, e novas utilidades para os mesmos. Apesar de positiva, essa mudança exige que os usuários aprendam as novas formas de utilização e alterem a infraestrutura existente para recebê-las.
Cada nova mudança envolve o gasto de recursos financeiros e de tempo na adaptação à nova tecnologia. 
A interação é essencial ao ensino-aprendizado conforme as teorias de Piaget e Vygotsky. 
A cibercultura e suas ferramentas de comunicação social promovem a interação rápida e aproxima as pessoas. Essa interação quando excessiva e mal gerenciada pode trazer a falta de privacidade expondo informações pessoais e trazendo danos morais e intelectuais.


Pontos positivos
Pontos negativos
Inovação
Aprendizado constante em novas tecnologias e interfaces e custo inerente;
Interação
Falta de privacidade
Cooperação
Desrespeito aos direitos autorais e unanimidade
Autonomia
Individualismo
Lúdico
Dependência
Acesso rápido as informações
Imediatismo
Operação multitarefa
Superficialidade
Inteligência e memória coletivas
Perda da memória individual
Ampla disponibilidade de informações
Sobrecarga cognitiva

A partir da análise da Tabela acima percebe-se que os pontos positivos são de ordem técnica, ou seja, facilitam ou aceleram o processo de ensino-aprendizado como ferramentas de apoio. 
Em contraste, os pontos negativos apresentados, não são de ordem técnica, mas sim de ordem comportamental. 
São, portanto, mais prejudiciais os riscos comportamentais do que se fossem apenas desafios técnicos, pois afetam o bem-estar individual e coletivo influenciando as interações sociais. 
Desafios técnicos podem ser contornados por outras tecnologias, e envolvem recursos financeiros e intelectuais. Problemas comportamentais são mais difíceis de resolver devido a sua complexidade. 

Divinizar ou diabolizar a tecnologia ou a ciência é uma forma altamente 
negativa e perigosa de pensar errado. De testemunhar aos alunos, às vezes 
com ares de quem possui a verdade, um rotundo desacerto. Pensar certo, 
pelo contrário, demanda profundidade e não superficialidade na 
compreensão e na interpretação dos fatos. Supõe a disponibilidade à 
revisão dos achados, reconhece não apenas a possibilidade de mudar de 
opção, de apreciação, mas o direito de fazê-lo. (FREIRE, 1996, p.33)