segunda-feira, 13 de outubro de 2014

O impacto do professor frente à tecnologia


A maioria das escolas nos dias de hoje ainda mantém seu ensino na oralidade e o uso da tecnologia “giz” por professores, com alunos sendo meros ouvintes. O processo ensino aprendizagem depende do educador e do educando, pois é um processo compartilhado.
Os recursos da multimídia, da Internet, e da realidade virtual criam superações dos limites, utilizando o pensamento como capacidade de criar e como fonte da mensagem que dá sentido à mídia.
A prática docente deve ser orientada hoje a partir de uma nova lógica e uma nova cultura.
Uma lógica fundamentada na exploração de novos tipos de relacionamentos não excludentes que enfatize várias possibilidades de encaminhamento das reflexões, estimulando a possibilidade de outras relações entre áreas de conhecimento aparentemente distintas.
Nessa abordagem se altera principalmente os procedimentos didáticos, pois é preciso que o professor se posicione como aliado, um parceiro no sentido de encaminhar e orientar o aluno diante das possibilidades e formas de se relacionar com o conhecimento.
Nesse sentido, a dinâmica da sala de aula em que alunos e professores encontram-se fisicamente presentes, também se altera. As atividades didáticas orientam para privilegiar o trabalho em grupo, em que o professor passa a ser um dos membros participantes.
Nesses grupos, o tempo e o espaço são os da experimentação e da ousadia em busca de caminhos e de alternativas possíveis, de diálogos e trocas sobre os conhecimentos em pauta, de retroalimentação permanente de tudo e de todos.
Na sua obra Pedagogia do Oprimido, Freire (1993) deixa claro que educador e educando são sujeitos de um processo em que crescem juntos, porque ninguém educa ninguém, ninguém se educa só.
Os homens se educam entre si mediatizados pelo mundo.
O computador, enquanto ferramenta, não é um instrumento que ensina o aluno, mas ferramenta com a qual o aluno desenvolve determinada tarefa, seja na escola ou fora dela. Permite também que sejam explorados aspectos pedagógicos que desenvolveram com material tradicional.
Os alunos já pertencem a uma civilização que podemos chamar de icônica, enquanto os professores ainda pertencem a uma civilização pré-icônica. Esse fato não pode ser ignorado. Por essa razão, todo esforço deve ser despendido no sentido de uma preparação sólida do professor para lidar, inclusive, com a presença das tecnologias que exigem novas habilidades das pessoas. 
Caso contrário, “seria como se um analfabeto tivesse a pretensão de ensinar a alguém que já sabe ler o bom uso da língua”. (Tardy apud Sampaio e Leite, 1999, p. 9). 
Fica evidente a falta de preparo dos professores no uso do computador e da Internet em sua prática pedagógica, reduzindo-se apenas a um recurso didático. É necessário, portanto, que a utilização dessas mídias pelo professor ultrapasse a dimensão utilitarista e seja incorporada a novas possibilidades educativas. Para isso, consideramos que os programas de formação de professores podem ser canais eficazes para promover esse tipo de habilidade do professor, na medida em que se constitui em espaço específico para a reflexão sobre a relação tecnologia e educação e suas possibilidades pedagógicas. 
Os meios de produção exigem novo modelo de formação. As redes de comunicação levam informações, ao mesmo tempo, a lugares nunca antes atingidos. As pessoas, em especial as crianças e os jovens, não são mais pessoas de um local restrito.
Tornam-se pessoas do mundo. 

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